quarta-feira, 9 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Principais compostos químicos presente nos venenos de cobras dos gêneros Bothrops e Crotalus.
Os venenos de cobra são misturas complexas de proteínas que
possuem uma grande variedade de atividades biológicas. Essas moléculas compreendem cerca de 90% a
95% do peso seco do veneno, incluindo muitas enzimas, toxinas não enzimáticas e
proteínas não tóxicas. Os principais componentes químicos presentes no veneno
de cobra do:
Gênero Bothrops (jararaca) são:
(a) Metaloproteinases;
São responsáveis pela mionecrose no local da picada, reações
inflamatórias e hemorragias.
(b) Serinoproteases;
Tem atividade do tipo trombina e de maneira geral afetam a
cascata de coagulação pela ativação dos componentes sanguíneos envolvidos na
coagulação, fibrinólise e agregação plaquetária e também pela degradação
proteolítica das células, causando um desequilíbrio no sistema hemostático
da presa.
(c) Fosfolipases;
Apresentam diversos efeitos fisiológicos como
neurotoxicidade, miotoxicidade, hipotensão e hemorragia interna, atividade
antiplaquetária, anticoagulante e principalmente inflamatória.
(d) Desintegrinas;
Bloqueiam as integrinas (proteínas de superfície celular
responsáveis pela proliferação, diferenciação e ativação celular) para se
ligarem a outras células, podendo bloquear o principal receptor de
fibrinogênio mediador da agregação plaquetária induzida por colágeno e por
adenosina difosfato.
A mionecrose presente na picada de cobra pode ser causa
direta da ação de miotóxinas em membranas plasmáticas das células musculares ou
causa indireta da ação de metaloproteinases hemorrágicas que degeneram vasos
e causam isquemia.
(f) Neurotoxinas;
Presentes no veneno da cobra são responsáveis pelos efeitos
no sistema nervoso central. Capacidade de bloqueio da transmissão
neural, pela ligação competitiva, com os receptores pós-sinápticos das
membranas do músculo esquelético e neurônios, impedindo a transmissão
neuromuscular e causando morte por asfixia, elas apresentam bloqueadores
altamente potentes dos canais de potássio nos neurônios.
Gênero Crotalus
(cascavel) são:
(a) crotoxina;
Responsável pela composição de 65% do total da peçonha e
considerado o principal componente tóxico do veneno. Age na junção
neuromuscular inibindo a liberação de neurotransmissores, em menor
escala, bloqueando os receptores envolvidos na neurotransmissão.
(b) Crotamina;

(c) Convulxina;
Responsável por apresentar um quadro clínico de perda de
equilíbrio, alterações gastrintestinais, convulsões e alterações visuais
logo após sua inoculação. Hematologicamente induz agregação plaquetária com
subsequente isquemia cerebral, podendo levar a convulsões,
frequentemente seguidas de morte.
(d) Girotoxina;
Não letal da peçonha crotálica. Age sobre o sistema nervoso
central, levando à lesão labiríntica.
REFERÊNCIA
CUNHA, E.M.; MARTINS, O.A.; Principais compostos químicos presente nos venenos de cobras dos gêneros Bothrops
e Crotalus. Revista Eletrônica de Educação e Ciência
(REEC) – ISSN 2237-3462 - Volume 02 – Número 02 – 2012. Disponível em
<http://www.fira.edu.br/revista/reec_vol2_num2_pag21.pdf>. Acesso em outubro de 2013.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Adubos Orgânicos e Inorgânicos
Para se desenvolver, o vegetal
retira do solo macronutrientes e micronutrientes que são compostos de átomos de
elementos químicos que passam a constituir os seus tecidos. Os micronutrientes
são consumidos em pequenas quantidades, enquanto que os macronutrientes são
consumidos em larga escala e são compostos principalmente de carbono,
hidrogênio e oxigênio, obtidos por meio do gás carbônico (CO2)
presente no ar e na água (H2O).
Outros
elementos essenciais para o crescimento das plantas são: enxofre, nitrogênio,
fósforo e potássio. Esses nutrientes são retirados do solo e, depois, quando as
plantas morrem, elas se decompõem e devolvem tais nutrientes à terra, o que
possibilitará que outras plantas possam usar esses nutrientes para crescer.
No
entanto, o ser humano interfere nesse ciclo, colhendo as plantações. Então, com
o passar do tempo, os nutrientes da terra vão cessando, empobrecendo o solo,
que não mais poderá ser usado para o plantio. Assim, é preciso que o próprio
homem enriqueça o solo com esses nutrientes. Isso é feito por meio de adubos, que podem ser orgânicos ou inorgânicos.
Veja
a seguir o que difere esses dois tipos de adubos e qual é considerado o melhor:
- Adubo
orgânico: são adubos obtidos por meio de matéria de
origem vegetal ou animal, como esterco, farinhas, bagaços, cascas
e restos de vegetais, decompostos ou ainda em estágio de decomposição.
Esses materiais sofrem decomposição e podem ser produzidos pelo homem por
meio da compostagem.
Uma das vantagens do adubo orgânico é que, com a
compostagem, reciclam-se resíduos sólidos municipais urbanos de origem
orgânica. Também é possível reciclar tais resíduos dispostos conjuntamente com
lodo gerado em estações de tratamento de esgotos domésticos, minimizando,
assim, o lixo produzido. Além disso, ainda há diminuição da quantidade de
restos orgânicos (que são depositados nos rios) e dos chorumes (que infiltram o
solo, atingindo as águas subterrâneas).
Adubo inorgânico: são
adubos obtidos a partir de extração mineral ou refino do petróleo. Alguns
exemplos são: os fosfatos, os carbonatos, os cloretos e o salitre do chile.
A
vantagem desse tipo de adubo é que, como eles se apresentam na forma iônica,
seus nutrientes são absorvidos pelas plantas com maior facilidade e o resultado
é mais rápido.
Além
disso, eles apresentam composição química definida e os orgânicos não; de modo
que é possível realizar com eles cálculos precisos sobre a quantidade que se
deve usar em cada caso. Isso é extremamente importante, pois o uso excessivo de
adubos inorgânicos pode causar desastres ambientais, como mudança na composição
química do solo, tornando-o menos produtivo e, em longo prazo, causando danos
ao ecossistema.
Referências
Fogaça, F.. Adubos orgânicos e inorgânicos.
Disponível em <http://www.brasilescola.com/quimica/adubos-organicos-inorganicos.htm> acesso em Outubro de 2013.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
A química dos Agrotóxicos
Agrotóxicos,
defensivos agrícolas, pesticidas, praguicidas, remédios de planta ou veneno:
são inúmeras as denominações relacionadas a um grupo de substâncias químicas
utilizadas no controle de pragas e doenças de plantas. O desenvolvimento dessas
substâncias foi impulsionado pelo anseio do homem em melhorar sua condição de
vida, procurando aumentar a produção dos alimentos.
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As formulações
de agrotóxicos são constituídas de princípios ativos, que é o termo usado para
descrever os compostos responsáveis pela atividade biológica desejada. O mesmo
princípio ativo pode ser vendido sob diferentes formulações e diversos nomes
comerciais, e também podemos encontrar produtos com mais de um princípio ativo.

No Quadro 1, são apresentados
dois exemplos dos principais princípios ativos de dois agrotóxicos – glifosato
e deltametrina –,nomenclatura, funções orgânicas, as culturas onde estes podem
ser utilizados e sua toxicidade.
Quadro
1: Ingredientes ativos de agrotóxicos
A crescente
utilização de agrotóxicos na produção de alimentos tem ocasionado uma série de
transtornos e modificações no ambiente, como a contaminação de seres vivos e a
acumulação nos segmentos bióticos e abióticos dos ecossistemas (biota, água,
ar, solo, sedimentos, dentre outros) (Peres e Moreira, 2003).
Os agrotóxicos
podem ser classificados em quatro classes de acordo com os perigos que eles
podem representar para os seres humanos. A classificação está de acordo com o
resultado dos testes e estudos feitos em laboratórios, que objetivam
estabelecer a dosagem letal 50% (DL50), que é a quantidade de substância
necessária para matar 50% dos animais testados nas condições experimentais
utilizadas.
Considerando
que a capacidade de determinada substância causar morte ou algum efeito sobre
os animais depende da sua concentração no corpo do indivíduo, a
dose letal é expressa em
miligrama da substância por quilograma da massa corporal. A toxicidade de uma
substância também pode variar de acordo com o modo de administração, e os
rótulos dos produtos são identificados por meio de faixas coloridas, conforme
Quadro 2.
Quadro 2: Classificação
toxicológica dos agrotóxicos.²
Para minimizar
a possibilidade de qualquer tipo de acidente, todo agrotóxico, independente da
classe a que pertence, deve ser utilizado com cuidado, seguindo-se sempre as
recomendações dos fornecedores e de pessoas especializadas, com o uso de
equipamentos de proteção individual (EPI) pelos aplicadores. Os EPI utilizados
são
jaleco, calça, botas, avental, respirador, viseira,
touca árabe e luvas.
Figura 1: instruções para a
utilização de Equipamentos de Proteção Individual.³
A aplicação
incorreta de agrotóxicos pode causar efeitos agudos e crônicos nos organismos
vivos (Quadro 3). A magnitude dos efeitos depende da toxicidade da substância,
da dose, do tipo de contato e do organismo. Os efeitos agudos são aqueles que
aparecem durante ou após o contato da pessoa com os agrotóxicos, já os efeitos
de exposição crônica podem aparecer semanas, meses e até anos após o período de
contato com tais produtos e são mais difíceis de serem identificados (Peres e
Moreira, 2003).
Os agrotóxicos também podem ser classificados de
acordo com sua periculosidade ambiental, em classes que variam de I a IV: produtos altamente
perigosos ao meio ambiente (Classe I), como a maioria dos organoclorados;
produtos muito perigosos ao meio ambiente (Classe II), como o malation; produtos
perigosos ao meio ambiente (Classe III), como o carbaril e o glifosato; e
produtos pouco perigosos ao meio ambiente (Classe IV), como os derivados de
óleos minerais.
Quadro 3: Sintomas de intoxicação por
agrotóxicos.2
Conscientizar as
pessoas sobre as implicações da utilização dos agrotóxicos é muito importante, os prejuízos causados à
saúde com a utilização exagerada de agrotóxicos ainda são desconhecidos pela
maioria da população e pouco discutidos pela sociedade.
Referências
BRAIBANTE, M.E.F.; ZAPPE, J.A.. A química dos
agrotóxicos. Revista Química Nova na
Escola. Vol. 34, N° 1, p. 10-15, Fevereiro 2012. Disponível em< http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_1/03-QS-02-11.pdf>.
Acesso em Setembro de 2013.
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